sexta-feira, 29 de junho de 2007

A minha avó materna..........

Jamais poderei esquecer
Esta avó já tão velhinha
Que a todos fazia bem
Se eu pudesse era só minha
Era a mãe da minha mãe
Era minha mãe também
E passados tantos anos
Ninguém na terra a esqueceu
Lembro-a com muito carinho
Sobretudo se estou só
Guardo em mim este desejo
De te mandar este beijo
Onde estiveres querida avó
Tinha doçura no olhar
Atitudes de princesa
Não passou por este mundo
Avó tão terna tão doce
Disso eu tenho a certeza.....
...............................................................................................................
Assim era a minha avó materna, avó Joaquina, se fosse viva teria mais de 120 anos , sabia ler e escrever. Era também a parteira da minha terra,e ajudou a por no mundo a maior parte das crianças que nasceram naquele lugar enquanto isso lhe foi possível, ainda hoje se fala da comadre Joaquina.. Se alguém estava doente , era frequente ver a minha avó presente na ajuda ás famílias...Mãe de oito filhos , vivendo numa pequena vila do Alentejo , lugar de gente modesta, foi esta avó que no ano da "pneumónica" penso que assim ficou conhecida uma epidemia de gripe que devastou famílias inteiras.. Dizia eu que : esta minha avó , mãe de oito filhos ainda adoptou o tio João a quem morreram os pais ficando ele bebé, mais ou menos da idade da tia Rosinha que a avó amamentava nesse momento... Só quem se lembra das condições de vida de então, pode avaliar o que representa, alguém, com oito filhos , vivendo em condições precárias, tem ainda assim amor para dar a um bebé a quem faltaram os pais... Desta avó tenho as melhores lembranças, era ela que cuidava de nós enquanto os pais trabalhavam no campo... Dela me lembro de receber a minha primeira cesta de costura, com dedal, tesoura linhas etc.. Com a avó me iniciei também na arte de tender pão e por no forno a cozer.. Quando o pai saia para o campo, já tinha amassado em alguidar de barro ,o pão que ficava tapado com um pano branco coberto de farelo que abria á medida que ficava levedado... Depois lá iam os mais pequenos com a avó, aquecer o forno, tender pães, e fazer alguns bolos com pedaços de massa que a avó nos dava e aos quais acrescentávamos algum açúcar, erva doce canela.. Era uma alegria contagiante e saudável , onde irmãs e primas ajudávamos naquelas tarefas de gente crescida, mas tão do nosso agrado............................................................................................................
Por tudo isto , e pelo que é impossível transmitir.. Aqui fica esta pequena homenagem á minha querida avó Joaquina.....Uma grande mulher....

42 comentários:

Unknown disse...

ficara para sempre na memória.. jokas fofas

-_- disse...

the previous post has a very cool pics ..

Rynaldo Papoy disse...

Romântico, né? Abraço!

Laura disse...

Olá. Também tive uma belissima avózinha que me amou sempre muito. Ama ainda eu sei e eu amo-a também, tamnto que até dói, porque ela foi uma avó amorosa, linda, que nos fazia sentire felizes e amados... Faleceu há 6 anos com 93 incompletos.
Beijinho a ti, afinal eu tenho mais um ano, 55... credo como o tempo passa rápido agora e em miudas suplicavamos para crescer, usar o divino soutien ehhh e agora?...
beijinhos grandes de mim...

Anónimo disse...

super avó :)

Páginas Soltas disse...

Olá minha querida,

Obrigada pelas palavras deixadas no meu " cantinho"!

Tive um problema com os dois blogs que tenho... e terei que iniciar tudo de novo. Vou começar, por colocar alguns poemas que tinha gravado no Word.

Peço humildemente carinho e compreensão por tudo o que aconteceu!

Quanto ao teu post... Fiquei emocionadissima com a linda homenagem á tua avó!
Mais bonita, não podia ser. Ela onde está... enviará os Anjos para iluminarem o teu caminho.

Beijinhos minha querida

Maria

António Melenas disse...

E quem é que pode esquecer uma avó. Até eu não consigo esquecer a mágoa de nunca ter tido avó. É verdade. Não conheci avós nem avôs, nem do aparte do pai nem da mãe. Há muito tinha morrido quando nasci.
Beijinhos.
_____
Quanto ao site a que te referes para comentar basta enviar um e-mail. Na rubrica "Correio" existe um link para isso. posteriormente eu copio o comentário pra o Site

Cusco disse...

Olá! Com os votos de um bom fim-de-semana e agradecendo as simpáticas palavras nas minhas Viagens, vou deixar aqui um texto que escrevi há tempos no meu blog mas que actualmente já o retirei... É para a avó Joaquina:

OS OLHOS DOS PASSARINHOS


Os caroços das alfarrobas, que sobravam da ceia nocturna do macho, serviam para fazer os olhos dos passarinhos que as brancas mãos da minha avó moldavam do trigo torturado, partido e limpo na eira em frente e amassado no grande alguidar de barro cor de fogo desmaiado.
Na casa da minha avó havia um forno onde se cozia o pão. Ainda o vejo a arder, ainda sinto o seu calor adocicado. No fim da cozedura do pão torravam-se os figos e assavam-se amarelos marmelos. No grande alguidar de barro (cor de fogo desmaiado) os seus braços pequeninos, fortes e brancos misturavam-se com a alva e branca farinha e transformavam aquela enorme barriga branca, naquele sabor a pão que o pão outrora tinha.(A pá e o tabuleiro, quietos, esperavam os passarinhos.)
Parece-me ainda estar a ver os caroços das alfarrobas que sobravam do resto da ceia do macho, entrarem nos pequenos pães que, em forma de passarinhos, a minha avó moldava e que iam fazer os seus olhinhos.
Cantavam, voavam, cruzavam os céus (ao teu encontro?) na minha imaginação feita de calções e sonhos, outrora.
E a minha avó dentro do forno (quase) com os seus olhos de passarinho, castanhos, como os caroços das alfarrobas:
-Que deus te acrescente.. (e uma cruz na porta do forno)
Em frente a secular oliveira e quase à sua sombra um limoeiro para o qual no chão uma enterrada telha de barro despejava a água que iria dar aquele cheiro e aquela cor àqueles limões. E o pão no forno a cheirar a limões, quase, a ser acrescentado. O marmeleiro já triste sem os amarelos marmelos.. assados junto aos olhinhos.
Mais afastada uns metros, ladeada por grossos muros, a eira de pedra, onde os molhos de trigo esperavam ser partidos e torturados para se tornarem em pão, em olhos de passarinho a voarem pelos céus..ao teu encontro!
-Que Deus te acrescente..( nove vezes!)Ámen…
O silêncio o sossego a calma.
A lembrança traz-me estas coisas. O indicador, tisnado da cinza da cruz na porta do forno, apontando, falando: uns fedelhos, a quem eu limpei o rabo, importantes…!
Cheira-me a pão acabado de cozer, a passarinhos de massa a voarem com caroços de alfarroba muito brilhantes nos seus olhos abertos. Cheira-me a limões, a trigo a terra.
Vejo rostos antigos, antigas gerações com lenços coloridos amarrados ao pescoço para suportar melhor o calor, vejo cantis de barro com gargalos gastos pela saliência das bocas sedentas, vejo fios de água escorrendo por peitos arfando por descanso.
Lá encontro rostos conhecidos vivências antigas, a vida em estado puro, duro, rude.
Uma avó que ajudava em partos e da boca da qual eu ouvi muitas vezes: Ajudei a desencaçapar muito fedelho que por aí anda…(gente importante agora, julgam-se) Uma avó com quem eu sonhei na véspera em que a minha filha nasceu e que de indicador em riste (tisnado ainda) me disse que iria demorar ainda um bocadinho mas que ia tudo correr bem. E demorou. E correu tudo bem..
No mesmo forno encontro agora a minha mãe (dentro do forno quase) a cozer o mesmo pão, o mesmo cheiro a limões e a terra, e os mesmos caroços de alfarroba a fazer os olhinhos daqueles passarinhos que cantam e voam… e eu, limpando o dedo tisnado de cinza nos calções e nos sonhos, pegando num deles, vou voar, cruzar os céus ao teu encontro, sabendo que ainda demora um bocadinho mas que vai correr tudo bem…


Um beijo!

Sol disse...

Bonita homenagem à tua avó, uma grande mulher, imortalizada no mundo da blogosfera por este texto.

Bj

MARA CARVALHO (pseudónimo) disse...

Obrigada bichodeconta,
Também me sensibilizou com as suas palavras simples e sentidas sobre a sua avó.
Fez-me recordar a minha querida e inesquecível avó materna que tanto amei.
Relembro os muitos passeios que com ela dei no nosso Alentejo.
Ainda não lhe tinha dito, mas sou alentejana e tenho sempre imensas saudades do meu querido Alentejo, terra de gente pura e boa.
Obrigada e bom fim de semana
Um abraço

Bichodeconta disse...

Pois é amigo Cusco! De lágrimas reprimidas , coração apertado, vóz trémula , é assim que estou ao ler este mágifico texto que escreveu á sua avó, que juntou á homenagem á minha avó Joaquina.. Vem tudo á memória, eu menina , querendo estar sempre por perto, também os marmelos amarelos, o cheiro ,as cores as rezas.. O cheiro a pão acabado de cozer.Fazíamos na páscoa umas pombinhas de massa, cujo corpo era um ovo cozido, e tinham bicos e olhos, não feitos de caroçoes de alfarroba, mas não importa.. Importa que eram feitos de amor por nós e isso não posso esquecer..E neste momento corro endiabrada,tranças ao vento, pelos campos do Alentejo, onde a felicidade me espera, onde me espera a minha avó para tender o pão, para o por o no forno.. Para fazer os bolos com os restos de massa...Obrigada, fiquei deveras emocionada.. Se me permite mando um beijinho .. E cheira a limões, e a pão acabado de cozer... e os marmelos amarelos brilham como sois de onde saiem voando baixinho , passarinhos com olhos de caroços de alfarroba.. E o Alentejo já ali á minha espera, e eu criança que me recuso a crescer...

spring disse...

olá!
gostámos de ler estas memórias, porque também nós temos maravilhosas recordações das nossas a avós. Votos de um bom fim-de-semana e bons filmes.
beijinhos
paula e rui lima

Anónimo disse...

Olá Ell, boa tarde!
Fez chegar aos meus olhos umas gotinhas de orvalho, ao falar de sua Avó!
É que a minha( a que conheci melhor) Maria da Glória de seu nome, a Tia Micas, lá na aldeia, também me ensinou a fazer pão, também convivi com ela e dela herdei gosto por certas coisas do campo.
A minha aldeia natal (hoje cidade)
é próxima do Porto, mas já é a minha Aldeia somente na minha memória...
ficou-se lá pelo tempo longe, no tempo em ele corria davegar, como os ribeiros no verão!
Dessa minha Avó, ficou a lembrança, de matar a fome às
crianças e adultos da vizinhança
e o amor às festas e ao jardim.
Obrigada Amiga por me fazer recordar!
Beijo
Maria Mamede

a d´almeida nunes disse...

Ora aqui está uma excelente ideia para, agora aos 60, falar da minha avó Neves e da minha avó materna Qieriga (que, afinal, soube, há dias, que o nome de registo não era esse).
Lindas recordações!
Bjinhos
António

Laura disse...

Tão linda a homenagem do cuso, belissima, que alegria dentro de teu coraçãozinho minha querida menina, que bom ter amigos de coração ternurento. beijinho a ti e a todos...

Maria disse...

Venho retribuir a visita e agradecer as palavras. Li o texto à tua avó e depois nos comentários, tb o do nosso amigo Cusco. Da minha tb já escrevi algumas vezes. Generosa era o seu nome e foi com ela ao lado que cresci. Sou menina de cidade, não possuo essas recordações tão ricas como as tuas ou como as de alguém que interiorizou outras vivências, mas guardo tb da minha avó Generosa o grande carinho que sempre me dedicou.
Um beijo para ti.

Jorge P. Guedes disse...

BICHO-DE-CONTA:

Que bonito texto, sentido, em homenagem à avó Joaquina!

Como outras avós deste Portugal pobre e atrasado, em que as crianças pobres, nas aldeias, andavam descalças e rodeavam um carro que por lá parasse como quem via a coisa mais bonita do mundo, sua avó ajudou a nascer tantos e tantos desses garotos e meninas.

Era o tempo em que se nascia em casa, sobretudo nas pequenas terras da província. E o seu Alentejo era pobre.Como era pobre!

Essas avós levou-as o tempo novo da mulher-trabalhadora, ao lado do marido ou sozinha, ganhando para o sustento da família.

Já não há avós como havia, que educavam os netos enquanto os pais trabalhavam, que lhes transmitiam os valores moraós. Era o tempo de um Portugal pobre, atrasado, de governação mesquinha e repressora, de gente pouca educada em escolas, liceus e universidades, mas era igualmente um Portugal mais humano, de gente mais bem-educada, de maiores valores éticos, de mais solidariedade entre as pessoas.

Parece que não podemos ter tudo, não é?
Ganha-se por um lado e perde-se por outro. O lençol é comprovadamente curto e haveremos de continuar a sentir frios os pés ou o rosto.

Um abraço e as minhas desculpas por tão longo "lençol", mas o tema inspirou-me para um comentário mais longo do que é habitual.

Obrigado pela visita ao meu "O Sino da Aldeia", bem como pelas amáveis e encorajadoras palavras que nele deixou.

Um abraço e até breve.
Jorge G

rendadebilros disse...

Muito bonita a tua homenagem... com estas recordações e com a foto de uma mulher ( como eram muitas - quase todas!) marcada pela dureza da vida e ainda tinham tempo para todos os que stavam à sua volta.
Aparece sempre. Será um prazer!
Bom fim de semana.

Laura disse...

Olá bicnhinho de conta não queres acompanhar-nos no cruzeiro? Estás convidada. tempo tens muito pois o Imediato nem apareceu ainda e assim, prepara os tarecos e andor, a felicidade espera por nóizinhas todas...
Beijinhos a ti, de mim...

Paulo disse...

Uma homenagem "carregada" de recordações de uma época e de um espaço geografico muito próprio.
Beijo

Páginas Soltas disse...

O teu " espaço" sensibilizou- me de tal maneira, que não resisti em aqui vir outra vez...e assim será no futuro.
Gosto das tuas memórias... e dos aromas do nosso Alentejo que transportas para aqui!

Bom Domingo

Beijinhos da

Maria

rendadebilros disse...

Agradeço mais uma visita tua... as tuas palavras - bondade tua!
Bom domingo.

Papoila disse...

Uma bonita homenagem a tua av� e aos costumes desse Alentejo por tantas mulheres lutadoras como tia av�.
Obrigada pela visita ao campo
Beijos

Rafeiro Perfumado disse...

Eu felizmente ainda tenho a minha, nem quero pensar na possibilidade de a perder. Linda homenagem, Bichinho de Conta, simplesmente linda...

zetrolha disse...

A minha não me deixou nada de herança,ainda hoje não entendi porquê,que quando vou vê-la ao cemitério tenho-me de controlar para não lhe dizer isso na cara.


P.s: agora não digas nada a ninguém que eu não quero que saibam que eu sou um cabrão de um interesseiro.

Laura disse...

Olá bichinho de conta!
Um bom dia lá na toca, tudo arejadinho, a semana começou ou antes recomeçou.
Então vamos ou quê?
Mas já nem sei se zarpamos ou não, é que a Adrianna, fez das suas e agora estamos à espera dela a ver se sai dos calabouços!...

Besnico di Roma disse...

Linda homenagem.
Obrigado pela tua visita.
Um beijinho, para a avó Joaquina, esteja ela onde estiver.

Lua disse...

Que linda homenagem! Parabéns.

é sempre bom recordarmos todos aqueles que nos fizeram bem, nunca deverão ser esquecidos.

beijinhos grandes

LurdesMartins disse...

Bonito retrato da sua avó! Eu também aprendi algumas dessas coisas (fazer pão, por exemplo, é ainda hoje uma festa!) mas com a minha mãe, já que não tive a felicidade de conhecer nenhuma das minha avós...
Ah, e já agora, PARABÉNS, por essa avó maravilhosa que continua tão presente e claro, pelo dia 20!

Beijinhos

malmequer disse...

Eu também tenho o nome da sua avó.Joaquina, que por acaso também era o nome da minha avó materna.Curioso!
Um abraço!

António Melenas disse...

Obrigado, minha Amiga pela visita e sempre simpático comentário.
Apresso-me a escrever-te para te dizer que o tal blogue arrumadinho não é um blogue, mas sim um "site". Daí a diferença nos comentários. o endereço é:
http://dofundodaarca.no.sapo.pt
abraço

foryou disse...

Que saudades tenho das minhas avós e dos meus avôs...
É bom quando se tem uma avó assim especial, não é?! :)

Bonita homenagem esta :)

Maria Faia disse...

Querida Amiga,

Deixei-lhe um desafio no Querubim Peregrino.

Delicie-me, por favor.

Beijo

Luís Galego disse...

muito tocante este pedaçõ de história, estes pedaços de afectos.

Anónimo disse...

deixei-lhe um "meme" no meu canto (é sempre giro conhecer melhor as pessoas)

mulher do torero disse...

Tenho uma avó que está quase a fazer 88 anos.
Durante a sua vida, sempre foi uma mulher com um coração tamanho do mundo.
Abdicou de muita coisa só para os seus filhos terem uma vida melhor que a dela.
Lembro-me dela quando eu era pequena, sempre muito carinhosa e meiga com todos os seus netos.
Dava-me tudo o que podia e adorava-me e eu sentia-me adorada.
Agora com os problemas de saúde não se lembra de muitas coisas principalmente da familia.
Mas todos nós gostamos muito dela.

Maria Faia disse...

Querida Amiga,

Há uma petição pelos Direitos Humanos, a subscrever no Querubim Peregrino.

Beijo

António Inglês disse...

Ao ver a foto da sua avó materna estremeci porque me fez lembrar a minha avó paterna.
Depois de ler a homenagem que lhe presta, acho-a ainda mais parecida. Nas nossas recordações, as imagens que guardamos das nossas avós são muito semelhantes. Infelizmente de avós já me despedi com um "até um dia destes".
Tive a felicidade de os meus serem de zonas do país bem diferentes, Minho e Ribatejo. Tão diferentes e tão iguais. O mesmo respirar, o mesmo carinho, as mesmas preocupações, os mesmos beijos... só os hábitos eram diferentes...
Agradeço-lhe a visita que fez ao meu mais que pequeno cantinho.
Obrigado e um abraço
José Gonçalves

Conceição Paulino disse...

Desafio aceite. Vou jantar e já trato disso. até já.
Parabéns pela tua avó, alguém, k deixa marcas assim na nossa vida é smp uma bênção.
e de alentejana para alentejana, como aprendi a fotografar assim....?
Nada demais. vou por aí e ...click.
As flores e o mundo é k são magníficos.
por vezes tenho a sorte de conseguir captar uma fracção da beleza k se me oferece.
Bj
Luz e paz em teu caminhar

turbolenta disse...

Tenho muitas recordações da minha avó materna e de todas as tropelias que fazíamos quando os primos se juntavam todos. Defendia-nos sempre, embora nos fizesse ver o que estava mal. Nunca nos batia. Passavamos as férias todas atrás dela.Nunca nos gritou.Sempre nos mimou. Tenho recordações de bons momentos passados no Inverno, à volta de uma enorme lareira,todos sentados nuns bancos baixinhos e pequenos(que mandaram fazer para os netos todos)e onde ela assava castanhas e....não as dava assadas nem descascadas , tal era a sofreguidão com que as comíamos.E na altura da rega, a chafurdar , descalça, na água. Aliás já publiquei bastantes "histórias da minha infância"no meu blog. As pessoas comentam que se fartam de rir.Dizem que gostam de as ler, que saõ momentos de boa disposição.São apenas enxertos de uma infância muito feliz....De uma altura em que poucos brinquedos havia, mas em que as crianças brincavam e sabiam brincar.
bfs

DuSinho disse...

Bela homenagem!
Felizmente ainda tenho uma avó que é única! A que já não se encontra entre nós era um miminho...Tive e tenho muita sorte!

Bjinhos

Alexandre Júlio disse...

Esta brilhante homenagem, � a prova que os genes da Av�zinha Joaquina chegaram at� � netinha, o Bichinho ficou l�!
Que palavras t�o sentidas, vividas, amadas e sofridas!
S�o estes os frutos genu�nos da nossa terra Alentejana. Tamb�m andei para tr�s no tempo, recordando a minha av� Beatriz com quem vivi at� aos nove anos no Monte da Casa Branca, voltei ao forno aguardei pela minha merendeira com um "ratinho" dentro, como n�s chamavamos ao pedacinho de lingui�a ou toucinho dentro da merendeira, que del�cia! A pobreza era grande mas o espirito de entreajuda e solidariedade era ainda maior. Tamb�m a Av� Beatriz criou 9 filhos, onde os mais velhos tiveram que ajudar a criar os mais novos abdicando de ir � escola, tamb�m ela madrinha de dezenas de rapazes e raparigas que ajudou a virem a este mundo.
Obrigado por nos teres elevado nos sonhos da inf�ncia, e felizes os que como n�s tiveram oportunidade de beber desta �gua!
Onde quer que a av� Joaquina esteja, ficou sem palavras para te agradecer, t�o sentida homenagem, mas todos n�s ouvimos dela baixinho "Assim vale a pena ter netinhas,....."
Um beijinho. AP